JESUS, UMA HISTÓRIA DE AMOR
O sentimento do amor criou um envoltório de tal magnitude, em torno do personagem conhecido como Jesus, que nós, criaturas humanas ainda nos distanciamos muito para compreendê- -lo, vivenciá-lo, senti-lo e sobremodo, de seguir seus passos. O Filho Amado do Altíssimo por onde passou escreveu lindas histórias de amor.
Sua relação de amor com o Criador atinge contornos superlativos, convindo a nós examinar os dísticos: “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16)”; “Este é meu filho amado no qual pus a minha complacência (Mateus 17:5)”. E para entender o amor entranhado neste Cristo Cósmico, faz-se mister ouvi-lo e atender ao seu convite: “Eu vos dou um outro mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros (João:13:34)”.
Como poderíamos adentrar no amor de Jesus em prol da humanidade? Como perceber a sublimidade do seu amor a vasar da sua essência, de maneira estuante e divinal? Jesus deixou registros de sua história de amor por toda parte e para exemplificar, vale relembrar alguns personagens: Pedro, no Palácio de Caifás, quando negou ao mestre por três vezes; Lázaro em Betânia, ao retornar à vida, após ser tido como morto; Joana de Cusa, quando admoestou ao seu filho para não renegar a Jesus e aceitar a cruenta morte na fogueira; Tomé, ao ouvir do Meigo Rabi para tocar em suas chagas; Judas, tendo Jesus o contemplado a distância como que dizendo para não cometer o ato abominável do suicídio; Saulo de Tarso, para não recalcitrar contra os aguilhões; Publius Lêntulus, ao escutar do Amigo Sublime, sua filha está curada; Pôncio Pilatos, diante da exortação, eu vim ao mundo para testemunhar a verdade e aquele que é da verdade me segue!
Viajemos, ainda no tempo do Paráclito da Verdade, que veio cumprir profecias, devassando mais sua linda História de Amor!
Externando a imensidão do amor de Jesus, as potestades registraram sua participação em reunião da Comunidade dos Espíritos Puros, após o Orbe Terrestre se desprender da nebulosa solar (explosão cósmica), onde ficou decidida sua vinda à Terra, para ofertar à família humana a lição imortal do seu evangelho de amor e redenção.
Definindo o amor como a própria sabedoria, o Príncipe da Paz examinou os vastos recursos da sua ascese evolutiva, até mesmo sua vestimenta espiritual ou corpo espiritual esplendente de luz, para desenhar o mapa de prefiguração do seu futuro corpo orgânico e mergulhar no mundo denso das formas com um corpo físico, naturalmente humanizado, porém belo e indene a qualquer processo de adoecimento, tudo decorrente de um espírito cocriador e voejando no mundo das estrelas fulgurantes. Quanto sacrifício, pelo amor ao Pai Santíssimo!
Conjugando o amor com a humildade, O Salvador do Mundo, aportou em Belém e nasceu num berço de palha, sob o refulgir das estelas, em meio aos pastores e ovelhas e em contraposição as expectativas do povo hebreu que aguardava o Rei dos Reis, ou o Senhor dos Exércitos num berço esplêndido para reinar sobre os povos da Terra.
Situando o amor na dimensão da simplicidade, o Mestre Galileu, exerceu, na adolescência, com o pai inculto e pobre o ofício de carpinteiro, ensinando a simplicidade na grandeza e a humildade nos exemplos e atitudes, contrapondo a soberba e a tola vaidade dos homens.
Instruindo e rasgando mistérios com o sentimento do amor, o Meigo Nazareno, pacientemente, explicou a Nicodemos, destacado membro do Sinédrio, sobre a reencarnação: “Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo. Digo a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. Não maravilhes de ter dito: necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito (João 3:7 a 10)”.
Trazendo ao mundo o paradigma da justiça exercitada com amor, o Filho do Altíssimo, diante da mulher adúltera, em vias de apedrejamento, em face as acusações dos Fariseus e Doutores da Lei, sentenciou: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra (João 8:7)”.
Ensinando a perdoar com amor, Yeshua, depois de curar o paralítico Natanael Ben Elias) na casa de Simão Pedro, que houvera descido pela eira do telhado, realizou muitas outras curas pela sublimidade do seu amor. Em conversação com Pedro, no outro dia, pela manhã, entremostrou sua profunda tristeza, diante da ausência de mudança de atitudes de curados que não souberam reconhecer as dádivas recebidas. Alguns fizeram ressurgir em si mesmos suas mágoas, não perdoando os que lhes feriram no curso da existência e outros, consideraram importante gozar os prazeres da vida, algo, até então obstado para eles (Marcos 2:1 a 12).
Prodigalizando a arte de curar, valendo-se da fonte do seu amor inesgotável, o Filho do Carpinteiro da Nazaré, diante do paralítico, no tanque de Betesda, indagou-lhe: “Queres ficar curado? Sim, disse o doente. Jesus disse-lhe: Levanta-te, enrola a tua esteira e vai para casa (João 5: 6 e 8)”.
Incitando as criaturas a uma nova concepção do trabalho, o Messias Divino, propôs a parábola do Trabalhador da Vinha, com a analogia: “O Reino dos Céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para sua vinha. E, ajustando com os trabalhadores um dinheiro por dia, mandou-os para sua vinha (Mateus 20: 1 e 2)”. Na parábola O Senhor da Vinha tornou a sair às nove horas, ao meio dia, as três e às cinco horas para arrebanhar mais trabalhadores, também oferecendo um denário por dia.
Recitando uma ode ao amor à vida, à natureza, o Mestre dos Mestres, aduziu: “Não andeis cuidadosos da vossa vida pelo que haveis de comer ou beber, nem do vosso corpo, pelo que haveis de vestir: não é a vida mais que o alimento, e o corpo mais que as vestes? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros e, vosso Pai Celestial as alimenta. Considerai como crescem os lírios do campo, eles não trabalham, nem fiam, contudo nem Salomão em toda sua glória se vestiu como um deles. Não andeis, pois, ansiosos pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã a si mesmo trará seus cuidados; ao dia bastam os seus próprios males (Mateus 6: 25, 26, 28,29, 34)”.
Jesus, o Guia e Modelo para a Humanidade, escreveu em atos e atitudes seu infinito amor a todos àqueles que habitam o planeta Terra. Sua história de amor está gravada na nossa memória cósmica e, tão somente, podemos agradecer ao Dileto Amigo o que foi, o que é e o que será sempre para todos nós!
Num gesto simbólico, espalmamos nossa mão no coração, olhamos para o alto e contemplamo-lo bem junto de nós e falamos: receba nossa gratidão imensa Senhor Jesus!
Por: Célio Alan Kardec Oliveira, Escritor, articulista, conferencista espírita